segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Plano de Aula - Pontilhismo II

Possibilidades de criação “Georges Seurat” 

Pontilhismo, uma nova maneira de misturar as cores. 

No fim do século XIX o desenvolvimento de teorias psicológicas e fisiológicas gerou um certo tipo de conhecimento que começou a ser usado pelos pintores da época. Os impressionistas já pregavam que para se alcançar diferentes tons, as cores não precisariam ser misturadas, mas que poderiam ser colocadas lado a lado em pequenas “porções” e nosso olho se responsabilizaria por misturar as cores e gerar tons intermediários. 

Georges Seurat é considerado aquele que iniciou o movimento artístico conhecido como Pontilhismo, em que o uso de cores não sobrepostas iniciado pelos impressionistas foi aprofundado. Em seus quadros, Seurat usava pequenas pinceladas de forma sistemática, distribuindo-as com perfeição na tela de forma que o observador visse uma tela com inúmeras e sutis transições entre os tons. 

Para os pontilhistas, entre as cores complementares deveria existir sempre uma relação exata, de modo que, a um tom de vermelho, correspondesse outro de verde, e existisse entre ambos uma seção infinitesimal de suporte. 

Nesse aspecto, afastavam-se dos impressionistas, que deliberadamente desleixavam tal relação fixa. 

A justaposição das cores complementares, segundo um esquema matemático, emprestou ao pontilhismo um aspecto inconfundível, que os inimigos da tendência logo alcunharam de «pintura de confete». 

O mestre do pontilhismo – Georges Seurat 

Georges Seurat é considerado aquele que iniciou o movimento artístico conhecido como Pontilhismo, em que o uso de cores não sobrepostas iniciado pelos impressionistas foi aprofundado. Em seus quadros, Seurat usava pequenas pinceladas de forma sistemática, distribuindo-as com perfeição na tela de forma que o observador visse uma tela com inúmeras e sutis transições entre os tons. 

Seurat foi o mais notável dos pintores pontilhistas. Suas telas Um domingo de verão na Grande Jatte, (1884-1886; Instituto de Arte de Chicago), O desfile do circo (1887) e a inacabada obra-prima O circo (1890-1891) são admitidas unanimemente como os pontos culminantes do movimento. 

O pontilhismo revelou-se particularmente apto a reproduzir uma atmosfera vibrante, de luz e calor. Foi também, de certo modo, uma das tendências que melhor anunciaram a abstração de cor e forma a que chegaria, anos depois, a pintura ocidental. 

Seurat produziu muitos escritos teóricos e pintou paisagens, marinhas, cenas de Paris e de outras cidades francesas por onde viajou. 

Fonte: “Fazendo arte com os mestres II” – Ivete Raffa – Ed. Escolar 


Atividades: Pintura em diferentes bases utilizando o pontilhismo.

Objetivos:
a.     Conhecer a vida e as obras de Georges Seurat, as características da sua pintura, as cores utilizadas, os temas abordados, etc. 
b.    Escolher uma obra da artista, fazer a leitura formal e interpretativa.
c.     Apropriar-se da obra e criar obras inéditas, com diferentes materiais e técnicas, partindo dela. 
Atividade 01 – “O grande passeio no rio Senna” – sucata (montagem tridimensional) 

Material: 1 caixa de camisa, papelão, Base branca acrílica para artesanato, Tinta guache, Tinta Acrílica branca, bege, verde e azul (vários tons), tesoura, cola, pincel e palitos de churrasco. 

Modo de fazer:
a.     Passe a Base branca acrílica para artesanato na tampa da caixa (parte interna) e na base da caixa (parte externa).
b.    Pinte o rio na base da caixa. Coloque sobre a base da caixa guache ou tinta acrílica em vários tons e vá misturando sobre a caixa dando pinceladas.
c.     Na tampa, pinte o céu, o chão e as árvores.
d.    Com Tinta Acrílica na ponta dos dedos vá fazendo o pontilhismo no rio e no chão (decalque o dedo com a tinta preenchendo todo o espaço).
e.     Proceda da mesma forma para o céu, o chão e as árvores.
f.     Recorte em papelão os barquinhos, á árvore grande que aparece na obra e o remador.
g.     Cole as partes e pinte com Base branca acrílica para artesanato.
h.     Pinte com guache ou tinta acrílica. Faça o pontilhismo com os dedos.
i.       Cole um palito de churrasco por trás de cada elemento e espete sobre a base (rio e vegetação).
j.      Cole a tampa me posição vertical por trás da base para montar a obra.


Atividade 02 – “Rio de Janeiro” - pontilhismo 

Material: bandeja de isopor, lápis preto e Tinta Dimensional ou Crystal cola (cor de sua preferência). 

Modo de fazer:
a.     Risque o desenho sobre a bandeja de isopor.
b.    Com Tinta Dimensional ou Crystal cola vá fazendo pontinhos para definir o desenho.


Atividade 03 – “Caixinha de madeira” – Crystal cola 

Material: caixinha de madeira, Base branca acrílica para artesanato, Tinta Acrílica, Crystal cola e pincel. 

Modo de fazer:
a.     Pinte a caixinha com Base branca acrílica para artesanato.
b.    Assim que secar, pinte com Tinta Acrílica.
c.     Crie o desenho sobre a tampa da caixinha e preencha com pontinhos.


Atividade 04 – “Tarsila do Amaral” – pontilhismo com Big Canetas Hidrográficas 

Material: cartolina branca e Big Canetas Hidrográficas. 

Modo de fazer:
a.     Conhecer a vida e as obras de Tarsila do Amaral.
b.    Escolher uma das obras, fazer um zoom e desenhar sobre a cartolina.
c.     Com as Big Canetas Hidrográficas preencher todo o desenho com pontinhos.


Conteúdos trabalhados:
  • Leitura formal, interpretativa, releitura, vida e obras George Seurat.
  • Pontos, desenho, textura, tridimensão, planos, composição, harmonia, cores.
Técnicas trabalhadas:
  • Pintura com manchas e impressão com os dedos
  • Atividade 01 - Desenho com pontinhos – Rio de Janeiro
  • Atividade 02 - Desenho com pontinhos – Formas geométricas
  • Atividade 03 - Pintura pontilhista com canetinhas – Atividade 04
Possibilidades de trabalho:
  • Inicialmente apresente aos alunos as obras de Georges Seurat, escolha uma delas (sugestão – “O passeio no rio Senna”).
  • Escolhida a obra, façam a leitura formal da obra (linhas, formas, planos, cores, formas, etc). - No segundo momento faça a leitura interpretativa (O que vejo na obra?, O que está representando, o que me lembra? Qual a mensagem que traz a obra?, etc).
  • Fale sobre o artista Georges Seurat, seu estilo, as cores usadas nas obras, o tipo de pintura, o abuso das linhas e das formas, etc. Converse sobre a técnica do pontilhismo.
  • Fale com as crianças sobre o que acontecia no Brasil e no mundo na época e o que isso influenciou suas obras. - Inspirado na obra escolhida, faça suas próprias obras.
  • Faça uma roda de conversa onde cada criança mostrará sua criação e contará o que aprendeu com o desenvolvimento da atividade, como foi o processo de criação, quais os novos conteúdos aprendidos e quais os relembrados.
Dicas:
1.      Para trabalhar com as Big Canetas Hidrográficas preste bastante atenção na inclinação da caneta. Se ela estiver num ângulo a 90º em relação ao papel, os pontos ficarão bem pequenos, se você inclinar a caneta o ponto irá aumentando de maneira a formar mini tracinhos. Com as canetas numa inclinação de 45º os tracinhos ficarão maiores ainda.
2.    Passe uma camada de spray crystal sobre o trabalho com as Big Canetinhas Hidrgráficas para proteger o trabalho. Isso evitará que manche se respingar alguma gotinha de água.
Observação: 
Para saber mais leia os livros “Comemorando e Aprendendo” I, II, III ou IV de autoria de Ivete Raffa – Editora Giracor. 

Ivete Raffa
Arte educadora e pedagoga
www.iveteraffa.com.br


Retirado daqui.

Plano de Aula: Pontilhismo

Pontilhismo

       O pontilhismo surgiu na França em meados da década de 1880 como um movimento pós-impressionista. É uma técnica de pintura que se baseia na colocação de pontos coloridos muito próximos uns dos outros o que, à distância, provoca uma mistura ótica. Esta técnica de pintura caracteriza-se por “construir” o desenho com camadas sucessivas de pontos de cor até a saturação total da tela.  Também era conhecido como: punctilhismo, neo-impressionismo, divisionismo e cromoluminariamo. Esta técnica baseava-se na lei das cores complementares, avanço científico impulsionado no século XIX, pelo químico Michel Chevreul
      O artista que mais se dedicou a esta técnica e ao seu desenvolvimento foi George Seurat, pintor impressionista.
    No Brasil, diversos artistas entre 1889 e 1930, empregaram o pontilhismo. Destacam-se,  Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Rodolfo Chambelland e Artur Timóteo da Costa, entre outros.
    Em resumo, o pontilhismo consiste em pintar o que é observado aplicando pequenos pontos de cor muito próximos.

Atividade

  1. Onde surgiu o pontilhismo?  Em que século?
  Surgiu na França no século XIX

  1. O que é pontilhismo?
 O Pontilhismo é uma técnica de pintura, saída do movimento impressionista, que baseia-se na colocação de pontos coloridos muito próximos uns dos outros o que, à distância, provoca uma mistura ótica. Esta técnica de pintura caracteriza-se por “construir” o desenho com camadas sucessivas de pontos de cor até a saturação total da tela.

  1. Como também era conhecido pontilhismo? 
 Também era conhecido como: punctilhismo, neo-impressionismo, divisionismo e cromoluminariamo

  1. Qual a técnica utilizada no pontilhismo? 
 Baseia na colocação de pontos coloridos muito próximos uns dos outros o que, à distância, provoca uma mistura ótica.

  1. Essa técnica baseava-se em que?
 Baseava-se na lei das cores complementares, avanço científico impulsionado no século XIX, pelo químico Michel Chevreul

  1. Quem foi o Pioneiro no movimento pontilhista?
  Georges Pierre Seurat

  1. Quais os artistas que mais se destacaram no Brasil?
 Belmiro de Almeida, Eliseu Visconti, Rodolfo Chambelland e Artur Timóteo da Costa, entre outros.


Atividade prática

         Nestas atividades vamos praticar a técnica do pontilhismo.

Atividade 1

  Risque o desenho sobre  isopor.
  Com tinta guache,  vá fazendo pontinhos para definir o desenho.

Atividade 2

 Em papel cartão crie um desenho, e para colorir, cole pequenas bolinhas de massa de modelar, papel perfurado colorido ou tinta guache, estes formarão pontos que darão formas e cores à imagem.

Retirado daqui:


quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Plano de aula: FORMAS E DESENHOS COM O BARBANTE

IMAGEM DAQUI

Grupo: alunos de pré-escola até 5º ano.

Objetivos: a dinâmica é uma ótima oportunidade para você observar melhor o comportamento da turma.

Tempo: uma aula

Local: A brincadeira pode acontecer na classe ou no pátio, dependendo do tamanho da turma.

Material: bastam um rolo de barbante e uma tesoura sem ponta para começar a brincadeira.

Desenvolvimento: Forme com os alunos uma grande roda e, em seguida, cada criança mede três palmos do cordão, corta para si e passa o rolo adiante.

Sugira que cada um brinque com o seu pedacinho de barbante.
Balançando o cordão no ar ou formando uma bolinha com ele, por exemplo, as crianças podem perceber sua textura, flexibilidade e versatilidade. Depois, toda a turma, incluindo o professor, cria no chão um desenho com o seu pedaço de barbante.

Prontas às obras, o grupo analisa figura por figura. Comentários e interpretações são muito bem-vindos.

Após percorrer toda a exposição, cada um desfaz o seu desenho e amarra, ponta com ponta, seu barbante ao dos vizinhos.

Abaixados ao redor desse grande círculo feito de cordão, as crianças devem criar uma única figura.

Proponha que refaçam juntos, alguns dos desenhos feitos individualmente. No final, em círculo, a turma conversa sobre o que cada um sentiu no decorrer da brincadeira.

Enquanto as crianças escolhem juntos quais os desenhos irão fazer e colocam a ideia em prática, o professor aproveitará para observá-las. Nessa fase da brincadeira surgem muitas ideias e cada aluno quer falar mais alto que o colega.

Alguns buscam argumentos para as suas sugestões, outros ficam chateados, debocham da situação, ameaçam abandonar a roda e, às vezes, cumprem a palavra.

O professor deve ficar atento ao comportamento da turma durante esses momentos de tensão. Eles serão produtivos se você abandonar sua posição de coordenador e deixar o grupo resolver seus impasses, ainda que a solução encontrada não seja, em sua opinião, a melhor.

Conclusão: Por meio desse jogo, os alunos tomam consciência de seu potencial criativo e se familiarizam com as atividades em equipe.
É muito interessante repetir a brincadeira com a mesma classe semanas depois. É hora de comparar os processos de criação com o barbante, avaliando a evolução do grupo diante de um trabalho coletivo.



TEXTO ORIGINAL DAQUI.

Abandonados

   Tenho encontrado vários blogs com planos de aula e ideias maravilhosas, mas alguns estão há um, dois anos abandonados.

   Certa vez encontrei vários tutoriais interessantes,e para evitar o plágio, apenas salvei o link, para poder encontrar mais tarde, quando precisasse. Porém, para a minha decepção, os links haviam sido removidos, e eu fiquei sem os tutoriais.

   Decidi então, criar um espaço aqui no Cantinho da Arte, para salvar o que eu encontrar pela net, mas, com o link do endereço original, dando assim, os devidos créditos a quem postou originalmente.

   Se alguém sentir-se ofendido, entre em contato comigo, e retirarei imediatamente, ok?

                         

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Aprender a Aprender

  Acredito que não é só o aluno que deve aprender em sala de aula. O professor que estiver atento e aberto as particularidades de cada um também terá o prazer de aprender junto com eles. Não basta ensinar, deve-se mostrar o caminho que leva ao conhecimento.

  Encontrei no Youtube um vídeo que de certa forma me tocou devido as emoções que ele transmite. Assista, vale a pena.

"As crianças não devem aprender pela força e severidade, cabe ao professor encaminhá-los para que se divirtam com suas mentes, para que o mestre seja capaz de descobrir com precisão a tendência peculiar do gênio que existe dentro de cada um."
                                                        PLATÃO


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Vou ser professora. E agora?


  Essa pergunta não me sai da cabeça.
  E várias outras também.

"Como será meu primeiro dia de aula?"
"Será que as crianças irão gostar de mim?"
"Será que eu vou conseguir ensinar tudo direitinho?"

  Estou no início do terceiro semestre do curso de Licenciatura em Artes Visuais, com uma vaga de estágio iminente, e muita inquietação.

  Algumas colegas minhas já estão dando aula, e eu as observo, e tudo parece tão simples, prazeroso, e em vez de isso me acalmar, só me deixa mais ansiosa ainda...

  Comecei a vagar pela pela internet em busca de dicas, atividades, e qualquer outra coisa que possa me ajudar, para encarar a sala de aula.
 
  Então, resolvi criar esse blog, para ir agregando tudo o que eu encontrar que possa me ajudar a planejar minhas aulas, e talvez eu  possa assim, ajudar outros também.

  Assim que eu adquirir minhas próprias experiências, vou compartilhá-las aqui também. Sempre leio e ouço histórias de como as veteranas não ajudam as novatas, e como algumas até tentam colocar medo dizendo como os alunos podem ser terríveis e coisas assim. Eu realmente espero encontrar pessoas legais no meu caminho, e pretendo no futuro,ajudar quem precise também